03 abril 2010

Uma visão da energia alternativa no Brasil

As energias consideradas alternativas são as energias renováveis obtidas de fontes naturais capazes de se regenerar, portanto virtualmente inesgotáveis, ao contrário dos recursos não-renováveis. São conhecidas pela imensa quantidade de energia que contêm, e porque são capazes de se regenerar por meios naturais.

Para fazer a minha monografia do Curso de Engenharia Agronômica da UCDB, estudei várias fontes de energia renováveis e decidi pelas biomassas que ainda tem pouca participação na oferta de energia no Brasil, porém a partir dos anos 90 já percebe o interesse dos empresários a ser despertado para o uso da biomassa como fonte energética.
No Brasil, a imensa superfície do território nacional, quase toda localizada em regiões tropicais e chuvosas, oferece excelentes condições para a produção e o uso energético da biomassa em larga escala. Além da produção de álcool, queima em fornos, caldeiras e outros usos não-comerciais, essa biomassa apresenta grande potencial no setor de geração de energia elétrica.
A biomassa tem pouca participação na oferta energética no Brasil, contudo esse quadro começa a sofrer alterações importantes devido a novos fatores econômicos, tecnológicos e institucionais que apontam para um aumento desta participação na cogeração industrial de energia elétrica, com o uso de bagaço de cana-de-açúcar.
Impulsionada pela alta do preço do petróleo e pela preocupação ambiental, a energia acumulada na biomassa passou a ser vista como uma boa alternativa para a substituição dos combustíveis fósseis. A abundância e a diversidade de matérias-primas distribuídas pelo planeta e a tecnologia já conhecida e utilizada pela indústria agrícola fazem da biomassa uma das melhores fontes de energia renovável descobertas até hoje. A partir dela, já é possível gerar energia elétrica e produzir biocombustíveis líquidos para substituir os combustíveis fósseis em veículos automotores.
As fontes de combustíveis fósseis estão cada vez mais escassas no mundo, forçando os governos em produzir energia a partir de fontes alternativas e ao mesmo tempo viáveis, como é o caso de algumas fontes de biomassa, destacando-se entre elas o bagaço da cana e o capim elefante.
Em 2008, a matéria-prima mais abundante e com maior potencial para geração de energia elétrica no Brasil é o bagaço e palhiço da cana-de-açúcar. A alta produtividade alcançada pela lavoura canavieira, acrescida de ganhos sucessivos nos processos de transformação da biomassa sucroalcooleira, tem disponibilizado grande quantidade de matéria orgânica sob a forma de bagaço, nas usinas e destilarias de cana-de-açúcar interligadas aos principais sistemas elétricos. Além disso, o período de colheita da cana-de-açúcar coincide com o de estiagem das principais bacias hidrográficas do parque hidrelétrico brasileiro, tornando a opção ainda mais vantajosa.
Com a dependência das importações de energia, em particular a de petróleo originado de fontes instaladas em regiões com instabilidade e disputas geopolíticas, a segurança no abastecimento de energia merece uma atenção redobrada. Por essas razões, as fontes renováveis de energia podem contribuir para reduzir a dependência em relação às importações e aumentar a segurança no campo energético. As fontes de energia renováveis podem contribuir com o desenvolvimento regional, respeitando a coesão social e econômica.
A hipótese de pesquisa dessa monografia é que o capim elefante pode ser uma fonte alternativa na geração de energia renovável igual ou melhor que a cana-de-açúcar. O objetivo deste estudo é verificar a hipótese de pesquisa e comparar o desempenho da biomassa do capim elefante com o da cana-de-açúcar.
O capim elefante apresenta uma alta produtividade e oferece de duas a quatro colheitas anuais, devido ao seu rápido crescimento. Essa cultura possui cerca de 200 variedades, muitas com características interessantes para fins energéticos, em razão de produtividade agrícola elevada sem fertilização nitrogenada. É uma alternativa de energia ecológica, já que o capim é renovável e não extrai do solo tantos nutrientes quanto a cana-de-açúcar.
É um cultivo que requer condições pouco exigentes, o que se traduz em baixas necessidades de fertilizantes, herbicidas ou pesticidas, reduzindo o impacto gerado para sua produção.

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