Segundo Urquiaga et al. (2007), do ponto de vista socioeconômico a inserção da cultura de capim elefante como fonte de energia renovável pode contribuir para o desenvolvimento do agronegócio, diversificando a economia e aumentado sensivelmente a fonte de empregos. Por ser uma espécie de rápido crescimento e de alta produção de biomassa vegetal, o capim-elefante apresenta um alto potencial para uso como fonte alternativa de energia, tal como para produção de carvão vegetal usado na produção industrial de ferro gusa.
O capim elefante pode ser peletizado, processo que permite melhor uniformização, fluidez da biomassa e facilita a etapa de alimentação nas caldeiras. As características da biomassa a ser peletizada são muito semelhantes aquelas necessárias para a pirólise: pequeno tamanho de partícula e baixa umidade. Os pellets de biomassa têm mercado garantido na Europa, com consumo em rápida expansão para uso na calefação de casas substituindo óleo combustível, diesel e gás natural. Outro processo é a briquetagem que aumenta a densidade energética (sem alterar o poder calorífico) de resíduos particulados. As dimensões dos briquetes são bem maiores do que as dimensões dos pellets e podem ter formas cilíndricas, retangulares e de comprimento variado (APTA, 2008).
Por apresentar um sistema radicular bem desenvolvido, o capim elefante pode contribuir de forma eficiente para aumentar o conteúdo de matéria orgânica do solo e o seqüestro de carbono. A cultura de capim-elefante é altamente eficiente na fixação de CO2 (gás carbônico) atmosférico durante o processo de fotossíntese para a produção de biomassa vegetal. Esta característica é típica de gramíneas tropicais que crescem rapidamente e otimizam o uso da água do solo e da energia solar para a produção de biomassa vegetal.
Para Andreoli (2008), o capim elefante é uma planta com potencial energético adormecido, pertence a um grupo de plantas denominadas de C4. Esta espécie tropical apresenta taxa de fotossíntese liquida bastante elevada em altas irradiâncias, em contraste com outras da família Poaceae (Figura 2), com grande capacidade de conversão da energia solar em energia química. Necessita de baixo uso de insumos e investimentos. Com apenas um hectare do capim podem ser produzidos de 20 a 25 toneladas de matéria seca, capaz de gerar 450 GJ/ha.
Fonte: Herbário (2008). Efeito do aumento no nível de luminosidade sobre a fotossíntese líquida de plantas C3 e C4.
Para Peixoto et al. (1996), quando se analisa o potencial produtivo do capim elefante, verifica-se que um número muito grande de fatores pode alterar a quantidade de massa seca produzida. Entre os fatores citados pelos autores estão cultivares, híbridos, intervalo, freqüência e altura de corte, disponibilidade de água, luz, calor, insolação, eliminação de meristema apical, o que justifica as diferenças marcantes de produção entre as pesquisas, variando muito a quantidade em toneladas de massa seca anual por hectare no país.
Pequenas centrais elétricas (PCE) próximas ao centro urbano poderiam utilizar a biomassa de capim elefante para geração de energia elétrica. Para Peixoto et al. (1996), o que falta é visão e política por parte dos órgãos públicos, bem como ações de pesquisa para o desenvolvimento da cultura e logística de produção, colheita e transporte. Os recursos públicos e privados destinados para a pesquisa dessa planta energética ainda são escassos.
Olá Dany, gostaria das referências que vc citou no artigo acima. Ou então os próprios trabalhos...
ResponderExcluirObrigado
aironzootecnista@yahoo.com.br
Obrigado.
ResponderExcluirAs referencias já enviei por email.